Fichamento do texto 3: HOBSBAWM,Eric.A era dos impérios. Rio de Janeiro, Paz e Terra,1988.Capitulo 1
Sendo assim, as diferenças ente os anos de 1780 e 1880 são marcantes de tal maneira que parecem polarizar esses dois mundos. Na primeira conjuntura os diferentes ritmos de produção que se configuravam nos diversos Estados não eram tão díspares entre si. Contudo, no século XIX, por uma série de fatores “a defasagem entre os países ocidentais [...] e os demais se amplio, primeiro devagar, depois cada vez mais rápido” (p.32).Eric Hobsbawm conclui que “a tecnologia era uma das principais causas dessa defasagem, acentuando-a não só econômica como politicamente” (p.32).Portanto a revolução industrial oi um mecanismo ampliador das diferenças não somente a nível internacional mas também dentro de um único Estado-nação, A partir das implementações tecnológicas as distancias geográficas “encurtaram-se”, permitindo significativos fluxos migratórios e um maior intercâmbio cultural. O desenvolvimento do setor de comunicações e transporte também contribui a maior conexão desse novo mundo densamente povoado.
A partir de 1880 pode-se falar de um sistema articulado composto por duas partes distintas: o chamado Primeiro Mundo, representado sobre tudo por uma concepção de Europa que consistiam em
Por representar “o centro original do desenvolvimento capitalista que dominava e transformava o mundo” (p. 36), a Europa tornou-se nesse século “a peça mais importante da economia mundial” (p.36). Por isso, a cultura erudita das suas colônias era dependente das expressões culturais européias. O velho continente era referencia de superioridade cultural e o seu padrão civilizatório era um modelo a ser seguido ao longo do século XIX pela América Latina, Ásia e África.
E por fim o autor nos revela que à dominação econômica seguia-se a dominação ideológica. Dessa maneira, nesse século de progresso surgiam concepções que separavam a humanidade em diferentes categorias. Essas construções, de hierarquia racial, baseadas em pseudocientíficos ascendiam com intensidade ao longo do século que Eric Hobsbawm chamou atenção para a sua particularidade, uma vez que “nunca houve na história um século mais europeu, nem tornará a haver” (p.36).